Você suspeita que possa ter TDAH? Neste texto, vou apresentar algumas características desse transtorno para que você possa avaliar se é necessário buscar um profissional para um diagnóstico adequado.
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade é um transtorno neurobiológico caracterizado por um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade.
A seguir, apresento um questionário no qual você pode responder “sim” ou “não” em relação às características do TDAH:
- Você procrastina e evita tarefas que exigem esforço mental contínuo?
- Você tem dificuldade em manter a concentração ao realizar trabalhos chatos ou difíceis?
- Você se distrai com facilidade?
- Você tem dificuldades em lembrar de compromissos?
- Você costuma esquecer objetos?
- Você se considera impulsivo?
- Você tem dificuldade em se manter organizado?
- Você fala demais? Interrompe as pessoas quando estão falando?
- Você se sente inquieto?
- Você acha difícil tolerar esperas?
- Você costuma “viajar na maionese” quando deveria estar se concentrando em algo?
- Você tem dificuldade em adiar prazeres momentâneos em prol de objetivos a longo prazo?
- Você administra mal o seu tempo?
- Você frequentemente chega atrasado em compromissos agendados?
- Você tem dificuldade em finalizar projetos?
- Você sente que não consegue realizar as coisas a menos que haja um prazo imediato?
Se você respondeu “sim” para a maioria das perguntas, é importante buscar um profissional qualificado para realizar uma avaliação diagnóstica. Essas perguntas por si só não são suficientes para um diagnóstico preciso, pois existem outros transtornos ou condições médicas que apresentam sintomas semelhantes. Por exemplo, o transtorno de ansiedade generalizada (TAG) compartilha várias dessas características, mas é um efeito da própria ansiedade e não do TDAH. Além disso, podem existir comorbidades, ou seja, a presença de mais de um transtorno que precisa ser avaliado.
Quando não há um diagnóstico e tratamento adequados, o TDAH pode causar prejuízos significativos na vida da pessoa, tanto profissionalmente quanto pessoalmente, e afetar drasticamente a autoestima. É comum que pessoas com TDAH se sintam incompetentes e incapazes de realizar suas tarefas diárias.
Embora o TDAH não tenha cura, o tratamento visa auxiliar o indivíduo a lidar com o transtorno para ter uma vida funcional. A abordagem mais validada para o TDAH é a terapia cognitivo-comportamental e uso medicamentoso. Na terapia, o paciente aprende estratégias de resolução de problemas, automonitoramento, gerenciamento de tempo, técnicas de organização, controle da raiva e impulsividade, além de questionar suas crenças e adotar uma nova visão de si mesmo.