Você gosta de quem você é? A resposta a essa pergunta ajuda a determinar o nível da sua autoestima.
No dicionário Houaiss, a palavra “estima” significa: 1. sentimento de carinho ou apreço em relação a alguém ou algo; afeição, afeto. 2. admiração ou respeito que se sente por alguém, decorrentes do reconhecimento do seu valor moral, profissional etc. No caso da autoestima, refere-se a esse sentimento de apreço, admiração ou respeito por si mesmo. Nos estudos da terapia cognitivo-comportamental, a autoestima é nada mais do que a crença ou visão em relação a si mesmo.
Os fatores que definem a visão que temos de nós mesmos são as experiências de vida e a interpretação pessoal dessas experiências.
A primeira pergunta que podemos fazer para entender a autoestima é: “O que faz com que eu tenha estima, admiração e respeito por alguém?” A resposta a essa pergunta pode ser diferente para cada pessoa, como, por exemplo:
Pessoa que ajuda os outros;
Pessoa disciplinada em seus objetivos;
Pessoa honesta, sincera e confiável;
Pessoa muito inteligente.
O que determina a resposta para essa pergunta são os nossos valores. Mas, de forma geral, o que nos faz admirar alguém é uma qualidade e/ou comportamento que a outra pessoa possui e demonstra. Essa reflexão também se aplica a nós mesmos. Para que eu tenha apreço por mim, é necessário que eu esteja agindo de acordo com os meus valores, tendo comportamentos que me façam sentir orgulho de mim mesmo.
Essa reflexão é importante porque não basta apenas olhar no espelho e repetir frases afirmativas como “eu sou bonito” ou “eu sou capaz” se não agirmos de acordo com essas afirmações. Portanto, é importante agir em busca dos nossos objetivos para nos gostarmos verdadeiramente. Nesse sentido, percebe-se que há uma correlação entre autoconfiança e pessoas que são realizadoras. Essas duas características se influenciam mutuamente.
No entanto, existem casos em que agir sozinho não é suficiente. Isso acontece porque a pessoa pode ter crenças disfuncionais, como, por exemplo, “eu não sou bom o suficiente”. Mesmo com todo o esforço, ela nunca se sente satisfeita consigo mesma, pois encontra um pequeno erro em qualquer projeto que seja, que acaba se tornando maior do que a conquista.
Nesses casos, é necessário utilizar técnicas para refutar essas crenças disfuncionais, a fim de adotar uma visão mais realista do que é possível ser conquistado.
A terapia cognitiva-comportamental ajuda o cliente a reestruturar a visão sobre si mesmo e a realizar enfrentamentos comportamentais para estar de acordo com seus objetivos.